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Início » Mulheres do sertão da Bahia usam a forma sustentável e estão transformando a vida através da economia criativa
Região

Mulheres do sertão da Bahia usam a forma sustentável e estão transformando a vida através da economia criativa 4n6k53

Gabriel FilliphPor Gabriel Filliph13 de junho de 20226 Minutos de Leitura
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Mulheres do sertão da Bahia aprenderam a explorar os frutos nativos da Caatinga de forma sustentável e estão transformando a vida da comunidade, gerando renda com a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc). a132u

A cooperativa foi fundada há 18 anos. Ela auxilia de forma direta e indireta mais de três mil famílias na região, com 270 cooperados, a maioria mulheres. Domingas Cardoso faz parte da Coopercuc desde sua criação. Funcionária pública, a agricultora complementa a renda com o trabalho na roça.

Além de criar animais, 30% da sua renda vem do umbu, fruta típica da Caatinga. A maior parte da produção é vendida para a cooperativa e o restante para atravessadores.

As agricultoras aprenderam a explorar o umbu de forma sustentável e também aram a receber assistência do Pró-Semiárido, um programa de desenvolvimento estadual.

As mulheres da região têm um papel fundamental desde a criação da cooperativa até a organização da comunidade. São elas que articulam, orientam e acreditam no desenvolvimento, diz Egnaldo Xavier, supervisor técnico Pró-Semiárido

Maria Perpétua Barbosa é uma das fundadoras da Coopercuc e uma referência na região. Ela participa do projeto Agrocaatinga, que faz parte do Pró-Semiárido.

Em sua plantação há goiaba, cajueiro, feijão, macaxeira, acerola, tudo na mesma área. A ideia é aproveitar ao máximo as propriedades dos agricultores familiares, com a maior produtividade possível, além de recuperar os cultivos nativos da região, caso do próprio umbuzeiro, explica Emanoel Amarante, técnico Pró-Semiárido.

Com o programa, a dona Perpétua aprendeu a reconhecer ainda mais a importância do que é nativo da região, como o umbu e o maracujá da Caatinga.

Por muito tempo, o maracujá serviu apenas de alimento para os animais, mas hoje representa uma renda para a família. No último ano, a colheita foi de meia tonelada da fruta, com a maior parte vendida para a cooperativa.

Depois do plantio, a dona Perpétua acompanha de perto o crescimento das mudas. O cultivo não precisa de muita água, por isso é recomendado para áreas de restrição hídrica. Ainda assim, na época da seca, a agricultora faz a chamada irrigação de salvação e consegue ter colheita o ano todo.

Uma das formas que a produtora encontrou de explorar o maracujá foi fazendo geleia. A ideia deu tão certo que ela ou a ser preparada também pela agroindústria da cooperativa. Agora, várias frutas compradas dos cooperados são transformadas em diferentes tipos de alimentos e vendidos em todo o Brasil.

FREIRAS: Tudo começou a mudar com a chegada de três freiras católicas canadenses ao município baiano de Uauá, em 1986: Monique Fortier, Martha D’aoust e Jaqueline Aubly.

Elas faziam parte do movimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), uma vertente da Igreja Católica que teve uma participação importante na formação religiosa e na organização social e política das populações mais pobres, principalmente durante a ditadura militar.

Em 1986, as três freiras começaram a construir uma nova história junto com as agricultoras e os agricultores de Uauá, depois em Canudos e Curaçá.

“Elas (as freiras) saíam pelas comunidades fazendo formação comunitária. Nesse sentido, quando a gente fundou a Coopercuc, todo mundo já entendia o que era socioativismo e como funcionavam as decisões coletivas”, conta Denise.

Monique, Martha e Jaqueline também começaram a incentivar as mulheres de Uauá a terem a sua própria renda e a participarem das decisões de suas comunidades, em uma época onde não havia presença feminina nas associações rurais e nos movimentos sociais.

“As madres diziam ‘olha, mesmo em casa, criem a galinha de vocês, façam a horta de vocês, colham o umbu, tenham o seu sustento, para não depender somente dos seus maridos’”.

E elas faziam isso nos encontros da igreja. “Os homens achavam que as mulheres estavam indo estudar a bíblia, mas, mais do que isso, as irmãs estavam fazendo uma transformação social na cabeça das mulheres. Essa é uma história muito marcante na Coopercuc”, ressalta Denise.

PERMISSÃO PARA SONHAR: A presidente da cooperativa nasceu dois anos depois de as madres canadenses chegarem. E, apesar de elas terem ido embora em 1997, outras missionárias foram chegando com mesma proposta, o que fez com que Denise crescesse com um pouco mais de liberdade para sonhar com uma vida diferente de sua mãe.

“Eu ia ouvindo aquilo que elas (as madres) falavam. Minha mãe, que conviveu com elas, dizia sempre assim: ‘Minha filha não case cedo como eu casei. Vai ter um futuro, estudar, trabalhar”, conta Denise.

“Eu achava tudo aquilo que minha mãe ava um sofrimento. E eu queria fazer diferente e fiz. Para você ter uma ideia, eu estou com 30 anos, não casei e não tive filhos ainda. E minha mãe se casou com 16 anos, porque o meu avô não queria que ela se ‘perdesse na vida’”, relata.

A trajetória de outra sócia da Coopercuc, Jussara Dantas, de 39 anos, também foi transformada pelas madres. Hoje à frente da Secretaria de Educação do Município de Uauá, ela é geógrafa, psicopedagoga e faz mestrado em desenvolvimento do semiárido, tendo, inclusive estudado na Alemanha.

“As madres me permitiram sonhar com outras coisas. Uma vez elas me perguntaram se eu queria dirigir, mas aquilo era algo distante pra mim. Era raridade encontrar uma mulher dirigindo em Uauá. […] Quando eu ava aqui de carro, todo mundo ficava irado”, relembra Jussara.
Mas não foi somente a vida das mulheres que elas transformaram. “As madres trabalhavam muito com a conscientização dos meninos jovens também, porque muitos deles queriam sair de suas comunidades para trabalhar fora. E elas ensinavam a valorizar o semiárido”, conta Denise.

Depois de terem dado impulso à organização das comunidades dos três municípios baianos, Monique, Martha e Jaqueline decidiram partir para uma outra missão em 1997.

Antes disso, cuidaram para que outras instituições dessem prosseguimento ao trabalho que, dessa vez, aria a ser mais focado na produção de frutas e preservação da caatinga.

Elas organizaram, portanto, a chegada do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) à região, uma ONG que atua com técnicas de manejo apropriadas à vegetação e ao clima do semiárido.

Globo Rural Foto Reprodução redes sociais

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